O caso de Onésimo oferece-nos a oportunidade de refletir sobre alguns pontos fundamentais do cristianismo. A única fonte que temos é a carta de são Paulo a Filemon. A Filemon, a quem chama de colaborador e de quem se lembra com simpatia pela sua caridade para com os outros e a fé em Jesus Cristo, são Paulo escreve palavras cheias de autoridade e repassadas de doçura: “Apesar de ter eu toda a liberdade em Jesus Cristo de te prescrever o que deves fazer, prefiro fazer apenas um apelo à tua caridade. Eu, Paulo, idoso como sou, e agora preso por Jesus Cristo, suplico-te por Onésimo, meu filho, que gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora te será muito útil, tanto a mim como a ti.
Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração. Quisera conservá-lo comigo, para que me servisse em teu lugar, nas prisões, em benefício do Evangelho. Mas, sem o teu consentimento, nada quis fazer para que o benefício que então farias não fosse como que obrigado, mas sim de livre vontade. Sem dúvida, ele se apartou de ti por algum tempo para que tu o recobrasses para sempre, mas não já como servo, e sim, em vez de servo, como irmão caríssimo, sobretudo para mim, mais ainda para ti, não só segundo as leis do mundo, mas também no Senhor”.
Onésimo não foi só escravo fugitivo, mas também ladrão. São Paulo se declara disposto a pagar pelo escravo, se Filemon fizer questão de receber.
Há quem ache que acabar com a escravidão não foi mérito do cristianismo. Mas isso de chamar de filho e de irmão caríssimo a escravo fugitivo é só mesmo no cristianismo. Onésimo foi grande testemunha da ressurreição de Cristo. Foi conduzido a Roma e apedrejado até a morte, depois de ter sido bispo de Éfeso.
Fonte:paulus