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Santuário Astorga

PADRE SIDNEY DROZINO COMPLETA 25 ANOS DE ORDENAÇÃO

O padre Sidney Drozino completa neste dia 15, 25 anos de ordenação presbiterial. Para comemorar a data tão especial, o SAV, Serviço de Animação Vocacional divigou um emocionante testemunho que foi preparado pelo padre. Confira: 

 “Não que eu já o tenha alcançado ou que já seja perfeito, mas prossigo para ver se o alcanço, pois que também já fui alcançado por Cristo Jesus” (Fl 3,12).

Quando falamos de vocação, precisamos compreender que se trata de algo muito íntimo, entre o vocacionado e Deus que chama. Deus nos chama e nos concede o dom da vocação, porque Ele nos ama e sabe que o Seu amor é capaz de transformar nossas vidas. Ele espera de nós uma resposta de amor.
Tive uma infância normal, estudava, participava da catequese, mas nas missas ficava observando atentamente os ritos, possuía um grande desejo de ser coroinha, porém o medo e a timidez não me deixavam tomar a decisão de ajudar o padre no altar. No período da adolescência ia a casa de meus avós paternos com bastante freqüência, me encantava ouvir a minha avó rezando o rosário todos os dias a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e sua preocupação em ensinar a mim, aos meus irmãos e primos, enquanto a gente brincava era grande.
Na passagem da adolescência para juventude, passei a me aprofundar na palavra de Deus, procurando conhecer a história da Igreja edos santos. Ouvia atentamente a homilia dos padres carlistas que passaram por Astorga, o testemunho deles era primoroso, assim como o trabalho que realizaram em Astorga e na região, foi o que despertou em mim o interesse em conhecer melhor a vida de um padre. 
Porém ao chegar à juventude deixei um pouco de lado esse chamado, comecei a sair com amigos, gostava muito de jogar bola e pescar, ainda gostava de ir a igreja, mas a dúvida estava dentro de mim culminando no momento em que abandonei a igreja. 
Com o passar dos anos, recebi um convite de um amigo para participar das missas na capela onde ele freqüentava. Observando o entusiasmo daquela comunidade e do grupo de jovens que cantava na missa resolvi naquele dia retornar a participar da igreja. Com o passar dos meses fui me envolvendo nas atividades da paróquia, participando de reuniões que acontecia na diocese.
Ao terminar o segundo grau comecei a trabalhar e perceber as mazelas deste mundo, o desejo de fazer algo mais pelas pessoas foi crescendo no meu íntimo, foi quando aquela sementinha explodiu dentro de mim e percebi que realmente tinha nascido para servir a Deus e a sua igreja, entrei para o seminário onde realizei meus estudos. 
Ao ser ordenado fui trabalhar diretamente com o povo, várias pessoas passaram pelo meu caminho e trago um pouco de cada uma delas comigo, passei por momentos difíceis os quais entrego a Deus e carrego no coração só as coisas boas. Dois pensamentos de São João da Cruz foram e continuam sendo à base da minha vida quando enfrento dificuldades. Sempre os recordo em momentos tristes e custosos da vida. “Quem anda buscando menores cruzes, acaba achando maiores cruzes”, ou ainda, “Todo aquele que diz a verdade é martirizado”. 
Esses pensamentos sempre me consolaram, animaram, motivaram a nunca desistir do chamado de Deus. Sou feliz e não me arrependo nenhum dia de ter escolhido o caminho do  Senhor. Sempre procurei fazer a vontade de Deus. Continuo a fazer. Gostaria de ter feito melhor. Só Deus sabe o meu esforço.
Aprendi a admirar um grande santo da história da igreja, São Carlos Borromeu. Li sua vida. Encantei com seu testemunho de vida. Um dos seus pensamentos que mais me chamou atenção foi: “dizia que um bispo muito cuidadoso de sua saúde não consegue chegar a ser santo e que a todo sacerdote e a todo apóstolo devem lhe sobrar trabalhos para fazer, em vez de ter tempo de sobra para perder”. Para Deus devemos dar o melhor de si, pois para Deus tudo tem que ser feito da melhor  forma possível e com muito amor. 
Neste momento de minha caminhada, agradeço a Deus por tudo,procuro fazer o máximo que posso em prol da Diocese, exercendo meu ministério no Santuário de Nossa Senhora Aparecida de Astorga, com o mesmo entusiasmo, desprendimento, amor ao próximo e em especial a Deus que sem Ele eu nada seria.
Então, olhando para trás, após vinte e cinco anos de sacerdócio com o mesmo entusiasmo e alegria que disse que vale a pena ser padre no dia de minha ordenação sacerdotal, continuo a repetir a mesma frase: vale a pena ser padre!

SAV – Serviço de Animação Vocacional.
Construindo a cultura vocacional.

Fonte:diocesedeapucarana