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Conferência episcopal acusa Evo Morales de deturpar fala de arcebispo

lamentou, no dia 19 de julho, a deturpação feita por Evo Morales de uma homilia do arcebispo de Santa Cruz, dom Sergio Gualberti, e afirmou que a interpretação do ex-presidente é uma tentativa de “confundir a população”.

Inspirado nas leituras do domingo, 11 de julho, dom Gualberti explicou, na catedral de Santa Cruz, o significado das palavras de Jesus aos seus apóstolos quando lhes chamou a pregar “exortando à conversão”, expulsando demônios e curando os enfermos.

“O missionário deve pôr-se a caminho, sair de si mesmo e das suas seguranças, para proclamar e testemunhar, com simplicidade e humildade, a alegria e a força transformadora do Evangelho, chamando à conversão do coração e da vida”, disse dom Gualberti.

Nesse sentido, o arcebispo disse que “o anúncio do Evangelho deve necessariamente ser acompanhado de uma práxis libertadora de tudo o que, física e espiritualmente, escraviza a pessoa e degrada a dignidade humana”.

“Isso implica o compromisso de expulsar, com o poder de Cristo e de Sua Palavra, os demônios pessoais, como os ódios e os rancores presentes em nossa vida, que dissociam as famílias e rompem as relações com o próximo”, disse o arcebispo.

 

“Mas, implica também expulsar os demônios de nossa sociedade, como as injustiças, as discriminações, as mentiras, as ameaças e os avassalamentos, fatos que provocam confrontos, atentam à convivência pacífica e democrática e fazem com que nosso país pareça ser o lar só para os que usam uma determinada camiseta e não para todos os seus habitantes”, disse na homilia. Avassalamento é o termo que se usa na Bolívia para a ocupação de terras por grupos militantes de camponeses.

No dia 18 de julho, Evo Morales tuitou afirmando que dom Gualberti “chamou os golpistas de democratas e, agora, os agricultores sem terra de ´demônios de uma cor só´, acusando-os de avassaladores. Na Bolívia, a hierarquia católica parece ficar do lado do golpe, do latifúndio, do racismo e da violência, na contramão do @Pontifex_es”.

Santa Cruz é uma região marcada por longas disputas pela distribuição e posse de terras. Ali são produzidos mais de 50% dos alimentos do país.

Durante seu mandato, Morales, fundador do Movimiento al Socialismo (MAS), privilegiou as comunidades indígenas e os agricultores com títulos de propriedades rurais, provocando conflitos com os latifundiários, que anteriormente eram os proprietários das terras.

As críticas de Evo Morales se dirigem aos que estão contra os grupos próximos do MAS como o ex-candidato presidencial pelo pacto Creemos e o governador de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho.

Em meio a essa polêmica, a Conferência Episcopal Boliviana, em comunicado do dia 19 de julho, explicou que as palavras do arcebispo de Santa Cruz falam de “demônios pessoais e sociais, pelo qual somos chamados a uma conversão pessoal e social”.

Por esse motivo, “diante de algumas opiniões manifestadas, lamentamos profundamente que o conteúdo do exposto” na homilia do domingo 11 de julho “não só não seja entendido, como também seja deturpado buscando confundir a população”.

“Deus, que é Caminho, Verdade e Vida, ilumine vosso entendimento”, concluiu a secretaria da CEB.

Fonte:ACI.digital

 

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